A opinião alheia e sua incrível influência em nossas decisões

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Tudo começou com uma simples conversa via WhatsApp: uma grande amiga (chamarei aqui de Sueli), me chamou pra conversar sobre postagem de conteúdos aqui no LinkedIn. Ela discutia comigo justamente sobre a preocupação em produzir algo que fosse relevante para seus seguidores, e que fizesse sentido também para ela própria, levando em conta sua atuação no mercado. Olhando assim, parece simples. Basta selecionar algum tema bacana, escrever sobre aquilo e postar, certo? NEM SEMPRE. Entre a produção do texto e o clique no botão PUBLICAR há um abismo gigantesco onde muita gente se depara com uma força muito maior que bloqueia qualquer criatividade: a OPINIÃO ALHEIA.

Ué, sejamos sinceros: em qualquer ação que tomamos, estamos sujeitos ao julgamento externo e isso faz parte da vida em sociedade, certo? Até podemos dizer que as opiniões que absorvemos ou mesmo aquelas que ignoramos ajudam na construção do nosso próprio EU e determinam (muitas vezes) nossa maneira de agir e interagir. No entanto, essa “reação do outro” sobre algo que produzimos, criamos ou expressamos muitas vezes cria uma limitação psicológica que acaba interferindo em nossas decisões. É nessa hora que muitos provam o medo paralisante do OUTRO não gostar, não aprovar, não achar aquilo interessante. Para evitar então qualquer contratempo, muitas pessoas acabam escolhendo o caminho que parece mais confortável: o do silêncio.

No campo da filosofia, Sócrates sempre bateu nessa questão: a busca da tal “felicidade plena” passa invariavelmente pelo processo de não se importar tanto com a opinião dos outros (tanto que ele mesmo era taxado, muitas vezes, de chato e impopular por isso). Sócrates já afirmava que era impossível agradar a todos. Podemos até concordar com isso, mas na prática, a aplicação parece um pouco mais complicada.

E pude notar essa dificuldade, ali, na conversa com a Sueli via WhatsApp. Discutimos bem pouco sobre o conteúdo. O papo rolou em torno de algo do tipo: “como superar o receio de postar algo irrelevante e passar vergonha no LinkedIn?”. Será que o público irá curtir? Comentar, compartilhar? Serei atacada? Mal interpretada? O clichê “falem bem ou falem mal, mas falem de mim” poderia ser um mantra para esse momento, mas vale lembrar que nem sempre funciona. Nem sempre estamos preparados para o que pode vir do outro.

Aliás, pensando justamente nesse OUTRO que tanto nos amedronta, resolvi abrir uma enquete, tanto no meu perfil no LinkedIn quanto num grupo que administro no Facebook, o LinkedIn Brasil – De A a Z, pra entender o quanto a opinião alheia afeta também outros usuários da rede na hora da produção.

O resultado acabou sendo bem interessante: foram dezenas de relatos postados como comentários no post do LinkedIn citando as mesmas dificuldades que a Sueli encontra, pelos motivos mais diversos. E o mais bacana: muita gente aproveitou o canal para desabafar sobre esses medos e também pra tirar dúvidas com outros usuários que já passaram por isso.

No post no Facebook, a situação foi idêntica. A maioria dos participantes da enquete responderam que SIM, sentem (ou já sentiram) receio na hora de postar conteúdos aqui no LinkedIn e também contaram suas próprias experiências para tentar superar e encarar a opinião alheia como parte do processo.

O que era pra ser apenas um debate acabou virando uma aula de personal branding, marketing pessoal, motivação, entre outras abordagens feitas pelos participantes das enquetes. Para você ter uma ideia da qualidade das respostas postadas nos comentários, compartilho aqui a opinião da psicóloga Camila Gomes sobre o assunto:

“Já passei por isso e, confesso, que às vezes tenho receio de não postar algum conteúdo bom, que contribua positivamente na rede. O que eu faço é postar sobre aquilo que tenho conhecimento e descrever experiências próprias que, acredito eu, também podem contribuir para reflexão e aprendizado de outras pessoas. Quando eu comecei, quase não tinha visualizações e curtidas. Resolvi persistir e hoje tenho mais visibilidade na rede. Acredito que foi uma construção e que só precisamos dar os primeiros passos e persistir, sempre!”

Um outro exemplo bem bacana foi o depoimento da palestrante e escritora Geisa Luz sobre seu processo de ultrapassar essas barreiras na hora de compartilhar conteúdo e quais foram os benefícios disso:

Recomendo visitar os links dos posts das enquetes pois há MUITOS comentários mesmo, e desde ontem, quando comecei a ler tudo isso, fiquei justamente pensando sobre o tema que acabou se tornando o título desse artigo: a opinião alheia e sua incrível influência em nossas decisões. E aí já começo a ir além: essa influência não é apenas na decisão de postar ou não no LinkedIn.

Passamos por isso em muitas áreas da vida, e perdemos muitas oportunidades por isso. Afinal, quem são esses OUTROS que julgam, que assustam? Sabemos que há muitos haters e trolls na internet que poderão “atacar” nosso conteúdo, discordar apenas pelo prazer de causar, e SIM, essas coisas existem aos montes. Mas fora isso, quanta gente interessante nós podemos conhecer ao superarmos esse medo e encararmos a tal opinião alheia?

Já parou pra pensar nas pessoas que podem se inspirar lendo seus posts? Que podem aprender com o que você compartilhar por aqui? Que podem trazer críticas construtivas que ajudam a ampliar sua visão de mundo?

Reforçando: abri a enquete para ajudar uma amiga a entender como tem gente que sofre também do mesmo bloqueio, e acabamos vendo histórias de pessoas que tomaram suas decisões, independentes da opinião alheia, e hoje se sentem mais livres, mais produtivas, e muito mais interativas com sua rede. Várias pessoas aproveitaram e enviaram dicas pra Sueli (que valem pra todos todos nós) que giram em torno dessa ideia central: escreva sobre aquilo que você domina, e sobre o que te representa, sem perder sua identidade apenas pra tentar agradar aos outros ou mesmo para conquistar métricas de vaidade, like pelo like apenas, sem agregar nada.

Pensando nisso, deixo aqui também um trecho de um livro que li recentemente chamado SEJA AUTÊNTICO, de Mike Robbins (pág. 165), que resume bem essa questão:

“Seja sempre quem você é e expresse sempre o que você sente, porque os que ligam pra isso não são importantes, e os que são importantes não ligam.”

Enfim, quis compartilhar tudo isso pois creio que muita gente poderá ler, se identificar, e buscar meios para superar essa força negativa que muitas vezes encontramos na opinião dos outros. Aliás, essa frase do coordenador de Atendimento ao Cliente, Francinaldo Henrique, pode com certeza te dar aquele empurrão e aquela influência positiva que talvez esteja faltando. E que venham bons conteúdos!

Você também tem algo bacana pra compartilhar sobre essa preocupação com a opinião alheia na hora de produzir conteúdos no LinkedIn? Tem alguma dica bacana? Deixe aqui seu comentário, quero muito saber seu ponto de vista também!


Meu nome é Cristiano Santos e sou jornalista, professor, palestrante internacional e consultor de mídias sociais e marketing digital. Tenho um grande interesse em pesquisar e entender as relações humanas dentro de ambientes digitais e ministro cursos e palestras de como as empresas podem gerar negócios e relacionamento através das mídias sociais. Sou também um grande entusiasta de redes sociais profissionais e corporativas, como LinkedIn e Workplace by Facebook. Conheça mais detalhes em meu perfil no LinkedIn.


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